quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Pequeno Diálogo sobre Literatura no Brasil e um Menor Ainda Sobre a Importância do Sci-Fi e da Fantasia na Educação

O brasileiro, em média, lê o equivalente a 4 livros por ano (sendo apenas 2,1 livros de cabo a rabo), segundo a 3ª edição da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" feita em 2012. Além disso, estima-se que 75% dos brasileiros nunca teriam frequentado uma biblioteca na vida. Outra pesquisa, da Federação do Comérico (Fecomércio) do Rio de Janeiro, estima que 70% dos brasileiros não leram um livro sequer em 2014.

Outro exemplo da situação: a ganhadora do prêmio nobel de literatura 2015, a escritora bielorussa Svetlana Alexievich, tem sua obra traduzida em mais de 10 idiomas, mas o português brasileiro não é um deles. É de se surpreender que uma candidata ao nobel não tenha qualquer tipo de atenção das editoras brasileiras (depois de anunciada a premiação, a Editora Companhia das Letras anunciou que vai publicar quatro livros da autora).

É triste observar esse fato, ainda mais porque, queira ou não, vejo a literatura como uma obrigação, além de paixão. É interessante que a pessoa goste de ler, mas se não gostar, tem que ler assim mesmo. Como o sujeito vai desenvolver um arsenal crítico, uma compreensão de mundo coerente, entender as grandes ideias que moldam nossas instituições, sem a leitura de livros? Não existe algo como "aprender com a vida" ou utilizar puramente a intuição quando lidamos com o fenômeno complexo que é hoje o mundo contemporâneo, em questões como os refugiados sírios, terrorismo, liberdade de imprensa, direitos humanos, política criminal, políticas econômicas e financeiras, taxa de juros, etc...

Aliás, hoje em dia, que assunto que sai na grande mídia que não é altamente complexo e requer uma dose razoável de leitura para ser compreendido? Impeachment da Dilma; o caso de Mariana, os atentados em Paris, a escalada de Donald Trump na corrida eleitoral Republicana, só para ficar com alguns exemplos. Todos exigem uma base de conhecimentos que só pode ser adquirida pela estudo, sobretudo pela leitura. Mas não formamos leitores. Céus! Leitores? Não formamos nada com as condições escabrosas do nosso ensino (primário, fundamental, médio, técnico e Universitário; não se salva nenhum).

Nesse sentido, uma aproximação com a literatura de ficção científica (Sci-Fi) e de fantasia deveria ser buscada pelos nossos órgãos de educação. Como querem que nessa estrutura produtora de analfabetos e sem uma cultura favorável, os meninos e meninas de nosso país leiam Machado de Assis e José de Alencar?

Não me entendam mal. Autores clássicos devem ser lidos, e mais que ninguém eu busco dar importância aos clássicos. Também não digo que a Sci-Fi ou Fantasia são literaturas menores. O que quero dizer é: ao ler estes gêneros, a proximidade temporal (momento que o livro foi publicado), a linguagem mais palatável, o ritmo menos lento e a imaginatividade das histórias pode ser uma porta de entrada interessante para atrair os jovens para o mundo dos livros, sem perder a base para fazer discussões interessantes e desenvolver o senso crítico dos alunos.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O Guia do Internauta das Galáxias #4 (03/12/2015)

Dando continuidade ao suprimento semanal de links para perder investir bastante tempo!

1 - Reviews do IGN sobre as duas séries que estrearam este mês, Jessica Jones e The man in the high castle, respectivamente:



Jessica Jones (uma ótima adaptação das histórias da heroína não muito convencional da Marvel, excelente até para quem nunca ouviu falar da personagem): http://www.ign.com/articles/2015/11/20/marvels-jessica-jones-season-1-review



The man in the high castle (adaptação do romance de Philip K. Dick que ganhou o Hugo de melhor romance em 1963 e imagina uma realidade em que o eixo ganhou a 2ª Guerra Mundial): http://www.ign.com/articles/2015/11/21/the-man-in-the-high-castle-season-1-review?utm_source=IGN+hub+page&utm_medium=IGN+%28front+page%29&utm_content=5&utm_campaign=Coverstory

sábado, 28 de novembro de 2015

Misery: contando histórias para viver

    Misery é uma história de horror psicológico, ou seja, consiste principalmente na tensão e nas habilidades de King para manter essa tensão sem que fuja da verossimilhança criada dentro do mundo em que se passa o tormento do protagonista Paul Sheldon. 

     Na trama, que seria lançado sob o pseudônimo de Richard Bachamn, que acabou sendo descoberto antes do lançamento do livro, Paul Sheldon é autor de uma série famosa de best-sellers sobre a personagem Misery Chastain. Mas é quando Paul acaba seu novo livre, uma história de crime chamada Carros Velozes que ele fica empolgado e resolve dirigir até Los Angeles, sendo pego no caminho por uma nevasca e sofrendo um terrível acidente de carro.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Solaris: precisamos de espelhos e não de mundos

Solaris é um filme de ficção científica russo de 1972, dirigido por Andrei Tartovsky baseado no livro homônimo de um dos maiores expoentes da sci-fi russa, Stanislaw Lem. Mas, terminado o filme, fica aquela sensação de que o final não foi compreendido em todas as suas nuances. Bem, este post não busca dar a explicação certa para o final, mas simplesmente a opinião deste blog sobre o filme. Sinta-se livre para expressar sua opinião nos comentários, ficaremos muito felizes se você o fizer.

Para os desavisados, este post estará repletos de spoilers, então é melhor assistir esse clássico mundial antes (o filme tem um ritmo bem lento, mas vale muito a pena, não desista!):

SPOILER ALERT

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Guia do Internauta das Galáxias #3 (23/11/2015)

Novas notícias toda semana, esse é nosso compromisso com o leitor de nosso blog. Então sente-se um pouco e veja um pouco sobre os principais acontecimentos da semana no mundo da fantasia e ficção científica:

1 - Em primeiro lugar, esse pôster da sexta temporada de Game of Thrones, sem comentários:

Jon Snow no pôster da sexta temporada de 'Game of thrones' (Foto: Divulgação)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O Guia do Internauta das Galáxias #2 (16/11/2015)



Com um pouquinho de atraso (deveria ter saído no domingo), nosso segundo Guia do Internauta das Galáxias está de volta em sua segunda edição, com alguns links novos para que nosso leitor continue atualizado quanto às principais notícias da semana:

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Prelúdio à Fundação: um tour pela capital da galáxia


Prelúdio à Fundação é o sexto livro da série Fundação e, em uma linha do tempo cronológica de acontecimentos é o primeiro da série, remontando aos tempos de Hari Seldon e a própria criação da psico-história.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"Histórias são a única coisa pela qual vale a pena morrer!"

O Inescrito, HQ do selo Vertigo da DC, criada por Mike Carey e desenhada por Peter Gross, começa como uma história sobre fama com um protagonista que mais parece um Christopher Robin se este na verdade tivesse inspirado seu pai a escrever Harry Potter.

A história tem uma abordagem e um enredo muito confusos a princípio, já que o leitor não consegue entender ao certo o que está acontecendo, apenas lhe são sugeridos certos elementos. Contudo, já fica claro que o principal tema da série é a influência da ficção sobre a realidade e vice-versa, bem como o poder da ficção e sua importância na história e psicologia humanas a partir do conceito de um imaginário coletivo.





domingo, 8 de novembro de 2015

O Guia do Internauta das Galáxias #1 (08/11/2015)


Em homenagem ao mestre Douglas Adams, nomeei essa postagem para compartilhar os links que achei mais interessantes nessa semana, em sua maioria trailers de filmes e jogos dessa vez, o que não impede que semana que vem haja mais variedade.


1 - Trailer de lançamento de Fallout 4, o mais recente de uma série incrível e com referências em abundância a clássicos da ficção científica: https://www.youtube.com/watch?v=X5aJfebzkrM

2 - Na esteira dos posts sobre jogos difíceis, a review do jogo Below pelo IGN USA: http://www.ign.com/articles/2015/10/30/below-embraces-death-in-a-powerful-way-ign-first?watch

3 - Trailer da nova expansão de World of Warcraf: https://www.youtube.com/watch?v=eYNCCu0y-Is

4 - Trailer do filme Warcraft: https://www.youtube.com/watch?v=RhFMIRuHAL4

5 - Pra fechar, fica uma lista do io9 com 50 filmes de ficção científica que todo mundo deve assistir ao menos uma vez: http://io9.com/5619137/25-classic-science-fiction-movies-that-everybody-must-watch?utm_campaign=socialflow_io9_facebook&utm_source=io9_facebook&utm_medium=socialflow

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Zetman: "Onde eu atiro para você morrer sem dor?"


Exibindo IMG_3562.JPGZetman é o mangá que veio destruir seu conceito sobre sofrimento humano. Com personagens muito bem explorados psicologicamente e um roteiro bem complexo, Zetman é uma leitura obrigatória. Apesar da publicação brasileira ainda estar no número 5 (ao total são 20 volumes), a história até aqui é bem promissora.

O mangá conta a história de Jin, um garoto fruto de experimentos científicos vendo aquilo que conhece como família ser destruído brutalmente logo em sua frente, e logo precisa enfrentar a realidade do mundo. Transitando entre um anjo e um demônio, a figura de Jin é sempre uma incógnita. Por outro lado, outro personagem importante é introduzido no segundo mangá, Koga Amagi, com um forte senso de justiça que é testado constantemente, é um garoto rico que não deseja continuar os negócios de seu pai.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Necronauta - O Soldado Assombrado e outras histórias

Necronauta, criado pelo brasileiro Danilo Beyruth e autopublicado como fanzine em 2007, tem suas histórias reunidas neste volume juntamente com a história inédita Pattern of Evil. Mas quem olha para a edição e as histórias não imagina nunca o início humilde da ideia, como uma coleção de contos Necronauta apresenta um desenvolvimento de personagens e um incrível worldbuilding.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Knights of Sidonia, o anime da Netflix

Já respondendo a pergunta mais frequente em relação a Knights of Sidonia: não, este não tem nada a ver com a música do Muse, caso contrário seria chamado Knights of Cydonia. Sinto muito por desapontá-los. 

Knights of Sidonia é uma série de anime  sci-fi baseada no mangá de mesmo nome (lançada em 2009 e finalizada em 2015, contando com 15 volumes) disponível somente na Netflix e atualmente na segunda temporada. Apesar da premissa parecer bem legal (luta espacial com alienígenas), o anime não acrescenta muito ao gênero mecha.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O terror do incompreensível


Aniquilação é um livro escrito por Jeff VanderMeer, famoso por suas contribuições ao gênero literário New Weird, já concorreu aos prêmios  Nebula, Rhysling, British Fantasy, BSFA, World Fantasy Award e foi finalista do Hugo.


O livro é parte da trilogia Comando Sul e narra a incursão de um grupo de pesquisadoras, uma bióloga, uma antropóloga, uma topógrafa e uma psicóloga na Área X, uma área isolada da civilização e palco para uma série de esquisitices que frustaram outras 11 expedições, que culminaram em desaparecimento, loucura e doenças misteriosas. O objetivo das expedições não poderia ser mais vago: entender o que se passa no lugar, mas a que custo?

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

"Limites da Fundação" e "Fundação e Terra", as sequências da trilogia épica de Asimov





Tomando um rumo bem diferente daquele ditado pela trilogia da Fundação, Asimov deu um novo gás à série nos anos 80 depois de incessantes pedidos dos fãs. Quase 30 anos haviam se passado desde o último romance da Fundação, e não é surpreendente que a série tenha mudado um pouco de rumo.

As duas sequências da Fundação ("Os Limites da Fundação" e "Fundação e Terra") tratam de apenas uma história, de forma bem diversa daquela dos romances iniciais (que descreviam várias histórias, em épocas diferentes). Os dois livros contam a história de dois membros da Fundação que saem em busca do planeta no qual se originou a vida humana, a Terra. 

Esta é a premissa do livro e ela é fascinante.

A Colina Escarlate - Resenha Inicial e Destrinchamento do Filme


A Colina Escarlarte é um filme do gênero terror/fantasia, mas com uma cara de romance gótico, de 2015 dirigido por Guillermo Del Toro (Labirinto do Fauno, O Círculo de Fogo), estrelado por Jessica Chastain, Tom Hiddlestone e Mia Wasikowska. Está avaliado com uma média de 7,1 no IMDB.

O filme conta a história de Edith Cushing (Mia Wasikowska), que logo no início do filme nos revela que é capaz de ver fantasmas. Edith conhece o misterioso Thomas Sharpe (Tom Hiddlestone) e daí para frente as peripécias do filme se desenrolam e qualquer revelação adiante pode caracterizar um spoiler.

O Diretor é conhecido por sempre buscar em suas películas um visual diferente, que impressione os espectadores. Em Labirinto do Fauno, o estilo soturno combinado com o protagonismo de uma criança numa história fantástica, bem poderia ser o retrato de um livro infantil escrito por Neil Gaiman.

domingo, 25 de outubro de 2015

O Espadachim de Carvão

                                               

Com a tomada de fôlego que a fantasia teve alguns anos atrás, principalmente com a adaptação televisiva de uma certa série de livros famosa, muitas editoras começaram a publicar clássicos da fantasia, relançar outros que já estavam esgotados e também trazer ao conhecimento do público livros recentes do gênero que tem feito muito sucesso. O lado bom para o mercado nacional foi o renovado interesse dos leitores no gênero, de tal forma que muitos autores nacionais tiveram suas obras reconhecidas.

Affonso Solano, já conhecido na internet pelo podcast Matando Robôs Gigantes (MRG), lançou em 2013 o livro O Espadachim de Carvão e, em 2015, a continuação O Espadachim de Carvão: As Pontes de Puzur. A saga de Adapak, protagonista da série, resgata o estilo do Sword and Sorcery, no qual o foco é em aventuras mais pessoas, sem todo um escopo épico voltado para salvar o mundo todo da destruição, ou ainda sem dar muita ênfase à tramoias e questões políticas, não que elementos estejam de todo dissociados do subgênero.

sábado, 24 de outubro de 2015

Fundação: do que se trata a melhor série de ficção científica de todos os tempos?


Não é segredo algum que em 1966, ao disputar o Hugo especial de melhor série de ficção científica (Best All-Time Series) e fantasia de todos os tempos, a trilogia Fundação desbancou séries de peso como Senhor dos Anéis (J.R.R Tolkien), As Crônicas de Barsoom (Edgar Rice Burroughs), Future History (Robert A. Heinlein) e Lensmen (E. E. Smith).

Mas do que se trata esta série e porque ela é tida como algo tão especial?

A imensidão do espaço x a solidão da vida terrestre

Além de toda a beleza encontrada na vastidão do espaço, uma das coisas que mais alimenta a curiosidade humana é a perspectiva de encontrar outras formas de vida, e se encontrar formas de vida microscópicas já parece uma missão suficientemente complexa o que dizer de encontrar outra civilização "lá fora"?

Por que nossa galáxia não é tão movimentada e integrada como a de diversas obras de ficção científica, nas quais existe algum aglomerado de governos trazendo tecnologia aos vizinhos menos evoluídos? Ou ainda: por que a humanidade não teve um primeiro contato impactante e revelador, seja para o bem, como em O Fim da Infância, seja para o mal, como em Guerra dos Mundos?

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Os Jovens Titãs: série visualmente poderosa e madura para o público juvenil


Entre 2004 e 2008 foi ao ar na Cartoon Network Brasileira essa série, que foi uma das melhores animações já feitas no genêro, Teen Titans ou Os jovens Titãs.

Adaptando o formato e técnicas presentes classicamente nos animes japoneses, mais especificamente os do tipo shonen, a série norte-americana produzida pela Warner Bros construiu uma animação muito interessante e bastante chamativa, com cenas de ação visualmente poderosas e de tirar o fôlego.

No entanto, deixando a tecnologia um pouco de lado, é o roteiro que surpreende. Para um público juvenil que gosta de super-heróis explodindo coisas, a série surpreende pela abordagem multidimensional dos personagens e pela tentativa de trazer dilemas morais complexos vividos pelos personagens.


Uma história curta que trata do que realmente é a realidade e mistura fantasia e ficção científica

Brandon Sanderson, famoso por sua série Mistborn, pela coautoria com Robert Jordan nos últimos três volumes da série Roda do Tempo, pelo livro de fantasia Elantris, conta com uma miríade de obras seja na fantasia ou na ficção científica. Muito me admira sua capacidade de criação de sistemas de magia diferentes para cada obra sua e pela qualidade de suas novellas, termo utilizado em inglês para se referir a histórias com tamanho entre um conto e um romance.

Dentre as várias novellas que já li de Sanderson a última foi uma das que mais me impressionou, Perfect State tem uma sinopse na Amazon digna de uma comédia romântica alternativa, mas que proporcionalmente ao seu tamanho impressiona muito o leitor.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Edgar Allan Poe: o maior dentre os contistas de horror.


Edgar Allan Poe nasceu em 1809. Filho de 2 atores, o pai abandonou a família e a mãe morreu muito cedo, sendo que o jovem órfão foi morar com outra família. Não terminou o ensino superior por falta de dinheiro e casou-se uma única vez com sua prima de 13 anos, em 1835 (ele, portanto, tinha 26 anos). Em 1845, Edgar publica o poema 'o corvo', que é sucesso imediato. Dois anos depois sua esposa morre de tuberculose. Em 1849, Edgar morre de maneira misteriosa, pobre, doente e esquecido.

Walking Dead: por que os quadrinhos são superiores à série de TV?





Enquanto a Sexta Temporada de The Walking Dead tem início na TV americana, voltamos à origem da aclamada série para discutir porque vale a pena ler os quadrinhos e porque esta leitura é mais satisfatória que assistir a série.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

William Shakespeare's Star Wars? ou "Aproveitando o hype do Star Wars até cansar"


Em um primeiro momento parece ser loucura misturar Star Wars com Shakespeare, mas depois de alguns minutos lendo os livros de Ian Doescher, você começará a pensar que nunca houve mistura melhor.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

MOMENTO ÉPICO #1: Arthas consegue a lendária espada Frostmourne para poder derrotar Mal'Ganis

[CONTÉM SPOILERS]



Warcraft III é um game estupendo desenvolvido e publicado pela fodástica Blizzard e lançado em 2002. Teve uma média de 9,3 nas reviews mundiais e se tornou um verdadeiro fenômeno mundial. É revolucionário pois foi o primeiro jogo a misturar os gêneros "RPG" com "Real Time Strategy", conseguindo fundir o que há de melhor nos dois tipos. Eu sempre fui fã de carterinha de Age of Empires, mas, a verdade é que Warcraft tornou os jogo anteriores obsoletos; controlar exércitos nunca mais será o mesmo agora que você pode além disso ter um personagem (Herói) com LVL. O único problema é que, ainda hoje, nenhum game conseguiu reproduzir o aspecto único de Warcraft III; de forma que ele ainda é um dos jogos mais jogados, e seu criador de mapas é tão potente que outras franquias surgiram a partir de modificações da estrutura originária de Warcraft III (DOTA, por exemplo). Além de tudo isso, como verão a seguir, o jogo conta com um enredo fantástico.

Sobre Queen, Sci-fi e Einstein




Em 1975, a banda de glam rock Queen lançava seu álbum mais prestigiado. Com músicas como "Love of My Life", "Death On Two Legs", "I'm In Love With My Car" e a épica tragicomédia "Bohemian Raphsody" (considero todas as músicas desse álbum como indispensáveis) o álbum  "A Night At The Opera" estabeleceu o estilo que consagrou a banda.

Mas há uma música neste álbum que distoa muito do resto do material, seja pela pouca quantidade de frases de guitarra distorcida (o que conduz a música é um violão acústico), pelo poucos leading vocals de Mercury e pela própria temática da música. Estamos falando da música 39', composta, escrita, tocada (guitarra) e cantada pelo guitarrista da banda Brian May.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Bloodborne: Horror Lovecraftiano e finais bizarros



O chefão está parado à sua frente, pelo menos 15 metros de altura, você é apenas um caçador que acabou de aprender a diferença entre apertar R1 e R2 e descobriu que se levar um só golpe desse monstro você tem 100% de chances de morrer. A vida dele está baixa, você acha que nada pode te deter agora. Você se precipita e morre.

Bem vindo a Bloodborne.

Darkest Dungeon: Lovecraft certamente jogaria



Quando descobri o Steam achei que era apenas uma ótima ferramenta de acesso a jogos por meio de várias promoções, até que percebi nele uma porta para jogos dos mais variados estilos e que muitas vezes não tem a atenção que mercem. Muitos são jogos rápidos e baratos, mas com mecânicas e elementos que te cativam.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Duck Dodgers: Patolino como protagonista de ficção científica



Duck Dodgers é um clássico de ficção científica/cartoon/comédia produzido pela Warner Bros e transmitido no Cartoon Network. Nessa série, vários personagens da Warner interpretam meta-papéis, com Patolino como protagonista (toma essa, Pernalonga!) interpretando Duck Dodgers, capitão de uma nave espacial a serviço do Protetorado Galático.

A série é antiga, mas era muito interessante e bem construída. Recheada de clichês de filmes, livros e séries de ficção científica, que são explorados com muito bom humor na fórmula clássica do gênero, na qual em cada episódio o protagonista se vê numa situação absurda que beira o non-sense e deve realizar um quiprocó para resolvê-la.

A série também tem uma das aberturas mais legais dos desenhos animados!

Enfim, se tiverem oportunidade e gostarem de desenhos, não deixem de assisti-lá!




Star Wars: O retorno da nostalgia



Apenas 64 dias para a estréia do novo filme de Star Wars. E como várias outras vezes, a chegada de um filme novo incita sempre algumas publicações literárias na esteira do hype, mas dessa vez a situação foi muito bem aproveitada pela Editora Aleph, que engatou na onda do novo filme da franquia para trazer ao Brasil inúmeros livros ambientados no universo da saga.

O mais marcante deles é o primeiro livro do chamado Universo Expandido, Star Wars: Herdeiro do Império, também primeiro da Trilogia Thrawn, que saiu nos EUA em 1991, chegou aqui apenas no ano passado. O lado bom disso é que podemos apreciar uma obra com uma visão de Star Wars muito semelhante à da trilogia original, já que nem havia episódio I à época de seu lançamento.

O livro é certamente leitura obrigatória a qualquer um que se interesse pela saga de George Lucas, mantendo a perspicácia de seus heróis, que resolvem seus problemas contando mais com a sagacidade do que uso exagerado da Força ou batalhas de sabres de luz intermináveis. Somam-se a isso um vilão marcante e ameaçador, mais espaço e importância à personagem da Princesa Leia e, claro, a resolução de algumas pontas soltas do episódio VI, explicando que um Império Galático não poderia ser desorganizado a ponto de cair depois de umas duas Estrelas da Morte e um ataque de ursinhos na floresta.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Broken Age: sobre Hobbits, sacrifícios e avalanche de sorvetes


Nenhum jogo sabe utilizar tão bem o humor sarcástico e crítico de forma tão sutil. Conceitos complexos permeiam o jogo, mas suas discussão nunca são abertas. 

Com puzzles difíceis, roteiro complexo e bem-humorado, Broken Age apresenta um mundo onde a percepção das pessoas é testada a todo momento. Um sacrifício de garotas é algo louvável e honrado para as escolhidas, e caso alguém pense diferente, este é louco. Seus pais são mesmo computadores? É sério que você tem que salvar pessoas de avalanches de sorvetes?

Diferentes visões colidem. Misticismo e Ciência se misturam. Mas o que é misticismo e o que é ciência?

Jogo altamente recomendado para os fãs de sci-fi que gostam de discutir quais são os parâmetros que definem a realidade, como nos velhos e bons livros de Philip K. Dick. 

PS: Elijah Wood como dublador.

Vídeo Games modernos e antigos

Nada contra os novos jogos. Têm alguns muito bons, como por exemplo "The Last of Us". Mas cadê aquela dificuldade, aquele foco no enredo e na emoção, aquele apelo viciante, aquela experiência solitária (hoje em dia, tudo é online), dos jogos antigos?

Seria saudosismo, ou hoje, quando você aperta "x" no controle, o seu personagem faz mil e um movimentos complexos e você vence o boss (que eu sempre chamei de "chefão"), mais parecendo que você está assistindo à um filme do que jogando um jogo?

Seria saudosismo, ou de fato algo de fundamental mudou no universo dos games?