Prelúdio à Fundação é o sexto livro da série Fundação e, em uma linha do tempo cronológica de acontecimentos é o primeiro da série, remontando aos tempos de Hari Seldon e a própria criação da psico-história.
Seldon é um mero matemático que apresenta suas ideias em um congresso de matemática. Apesar de inovadoras, Seldon ressalta durante todo o livro que suas ideias são "possíveis, mas impraticáveis", já que necessitam de pelo menos 1 bilhão de anos para aperfeiçoamento. Usando a comparação do próprio Seldon, seria possível apertar as mãos de todas as pessoas da galáxia, mas tal fato seria impraticável, já que a galáxia possui em torno de 25 milhões de mundos habitados, várias pessoas morreriam antes de apertar sua mão e várias outras nasceriam depois, tornando tl fato impraticável.
Durante todo o livro, Seldon procura uma forma de simplificar suas ideias de forma a torná-las praticáveis. Toda a história se passa em Trantor, e a perseguição de Seldon por imperiais parece somente uma desculpa para que Asimov pudesse mostrar as diversas facetas deste planeta primordialmente subterrâneo, desde universidades, favelas, minas até o palácio imperial e à superfície.
O enredo todavia é subdesenvolvido por diversos motivos:
- Seldon parece nunca alcançar algum progresso na psico-história em suas diversas andanças pelo planeta;
- um dos mistérios do livro pode ser facilmente descoberto pelo leitor na metade da leitura;
- falta verossimilhança à ação de alguns personagens, que se transformam em ninjas sem qualquer explicação;
- a perseguição de Seldon pelas forças imperiais parece uma desculpa muito fraca para que este saísse perambulando pelo planeta; e
- o interesse demonstrado pelo imperador por Seldon parece despropositado, já que este era um simples matemático à época que não sabia ao menos o potencial de sua ciência, tendo veementemente desapontado o soberano.
Enfim, apesar de ser muito legal ver finalmente Hari Seldon ao vivo em mais do que 20 páginas e imagens holográficas, Asimov deixa a desejar bastante neste que é o marco inicial da série. Trantor é fantástico, complexo e vibrante, mas a forma como é demonstrado é o ponto fraco do livro. POde decepcionar um pouco os fãs da série.
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